terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Um pequeno conto

Uma vez me mostraram o amor...

E eu não acreditei nele.

Desprezei-o, ignorei-o,

Achava que podia viver sem ele

E vivi, por algum tempo...

Depois conheci uma pessoa,

E queria que ela me apresentasse novamente o amor

Mas ela não o fez

Pelo fato de ter feito pouco caso dele antes,

Agora eu não o merecia mais.

Fiquei com raiva

Senti-me vazia.

Tudo o que achava inútil há tempos atrás

Agora é o que mais precisava.

Perdi a pessoa,

Perdi o amor,

E descobri que não estava vivendo.


Fim.

Livre enfim..



Férias, férias, férias. É tudo o que se pensa nessa época do ano, época em que se começa a contar os dias para o termino das aulas. Alguns alunos correm atrás de notas, outros contando a quantidade de faltas (ou aulas cabuladas) para não ficar sem presença.

Foram aproximadamente 15 anos de puro martírio, 15 anos em uma prisão que não parece ter fim.

É uma boa comparação essa, a escola com a prisão. Você é condenado por um crime que não teve culpa, nascer. É torturado pelos professores, que tentam enfiar idéias em suas mentes para que saibam tudo que eles sabem, como se fossemos capaz de engolir várias matérias ao mesmo tempo que em nossas cabeças uma é totalmente diferente da outra.

Claro que o começo, assim quando é assinada sua sentença, não é assim. Eles tentam nos fazer acreditar que não é assim, que é um lugar bom e ensinam o básico, a parte divertida da coisa. Mas você cresce e a penalidade vai ficando cada vez pior. Você começa a contar os anos para chegar ao fim, e os anos vão demorando cada vez mais para passar. Você tenta se acostumar, cria amizades com seus companheiros de cela, briga com outros. São coisas da vida...

Mas finalmente chega o final, seu ultimo ano naquela maldita prisão. Você sente uma alegria imensa de não precisar mais ver seus carrascos, que são constantemente alterados no decorrer dos anos, e nem a cara dos seus queridos companheiros de cela, que a essa altura já não suporta mais. Alguns falam que vão sentir saudades, para se verem lá fora, mas é tudo mentira. Eles se iludem, iludem a você, iludem aos outros. Sejamos realistas, nada vai ser igual ao que era na época em que se conheceram. Você nota que o mundo é muito maior do que aqueles muros que te cercavam, e isso mexe com a sua cabeça, você nunca mais vai ser o mesmo, e seu querido amigo também não.

Mas dane-se tudo. Você está livre! Pra sempre livre!

Nada mais de aula, nada mais de professores chatos enchendo o saco, nem diretores malas que ficam se achando. Nada de acordar cedo, de lição de casa, de provas e mais provas. As coisas são ser muito diferentes agora. É um mundo novo, esperando para ser descoberto. É só dar o primeiro passo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Parabéns o caralh*


Há diversas datas importantes para uma pessoa. Data do aniversário do pai, da mãe, do irmão, da irmã, dos sobrinhos, tios, primos, avôs e avós. Data marcada para ir ao dentista, em que se tem uma prova, uma entrevista de emprego ou um encontro. Tudo acaba ficando acumulado em um calendário que há em nossas mentes. Mas nenhuma delas é mais importante do que nosso próprio aniversário. A data em que nunca esquecemos, que somos constantemente lembrados ou que perguntam constantemente, nos fazendo lembrar.
É um dia feliz para a maioria, um dia em que todos se lembram de você, em que ganha presentes. Dia em que aquela pessoa que você não vê há tempos te liga para desejar os parabéns, mas que na verdade querem dizer “eu ainda não esqueci de você”.
Isso é realmente tocando, faz qualquer um ficar emocionado. Mas nem todos.
Afinal, por que o aniversário deve ser visto como um dia especial? Quantas pessoas nasceram no mesmo dia que você e por que parece que o mundo só lembra do seu?
Na verdade, aniversário é realmente um saco! É aquele dia que você acorda mau-humorado, em que quer passar despercebido pelas pessoas mais nunca consegue. Você vê os sorrisos falsos na cara da pessoa quando estas te cumprimentam, te parabenizam, como se você fosse obrigado a estar feliz no dia do seu aniversário, e os outros também.
As festas são somente uma desculpa para juntar as pessoas e encher a cara. Deviam fazer isso em outros dias do ano, um dia aleatório em que estivessem de saco cheio, liga para todas as pessoas que goste e marquem de ir em algum lugar, se quiser podem levar até um bolo. Afinal, desde quando precisa de uma data “especial” para podermos comemorar?
Acho que aniversário só é bom quando somos crianças ou quando estamos velhos...
Quando crianças não vemos a hora de chegar nossos aniversários para ganharmos presentes. Brinquedos! Sempre. Odiamos quando aquela tia vem lhe apertando as bochechas e dando-nos roupas.
Quando velhos.... Ora, depende do caso também. Alguns agradecem por estarem vivos mais um ano, e lutam diariamente para chegar no próximo. Respeito muito estes exemplos de vida, e, independente se o conheço ou não, sempre irei admirá-los por tamanha coragem. O outro caso seriam aqueles que chamam a morte dia após dia, mas que nunca são ouvidos, aqueles que sofreram, os que não agüentam mais e os que não tem mais forças para sorrir. Não os culpo de forma alguma, sabe-se lá o que cada um passou. Mas estes ficam infelizes a cada aniversário, imaginando quando finalmente chegará sua hora.
Essa data poderia passar despercebida pelo calendário tão facilmente, por que então dão tanta importância para ela? Seria tão agradável se falassem “Foda-se se você nasceu na data de hoje, isso foi a tantos anos atrás e os únicos que deram importância foi sua mãe, por estar sentindo uma tremenda dor, o seu pai por estar nervoso com o que pode acontecer e talvez alguns outros parentes.” Ou talvez um “Ei, vamos comprar um bolo, cervejas e juntar o povo pra encher a cara e falar merda?”
Por favor, nada de parabéns até eu completar 500 anos!